A pele do idoso

pele-do-idoso

A pele do idoso carece de cuidados específicos, uma vez que, à medida que a pele envelhece, torna-se menos capaz de desempenhar as suas funções de barreira. É por isso que os cuidados com a pele do idoso são essenciais para a manutenção da saúde e bem-estar.

A pele do idoso é frequentemente seca, consequência da perda natural de lípidos ao longo da idade, mas também da tendência para reduzir os cuidados diários com a pele.

Uma vez que a pele terá a sua função de barreira comprometida, esta estará menos robusta quando exposta a irritantes, tais como sabões ou sabonetes, géis de banho e ainda detergentes utilizados na lavagem da roupa.

A escolha dos produtos a utilizar, principalmente em idades mais avançadas deve então ser criteriosa.

Quais as consequências da falta de cuidados com a pele do idoso?

O sintoma mais comum é o desconforto e sensação de prurido (comichão) na pele. No entanto, a pele seca pode causar outros problemas em idosos.

Este tipo de secura severa e prolongada pode criar problemas de saúde adicionais, como eczema, erupções cutâneas, irritação causada por arranhões e feridas.

Se não for tratada com os devidos cuidados, a pele do idoso pode desenvolver pequenas fissuras ou descamações, que podem causar a perda de mais água da pele, aumentando a desidratação.

Além disso, são uma porta de entrada para bactérias, fungos ou outros irritantes, aumentando o risco de infeções. Portanto, adotar boas práticas nos cuidados com a pele do idoso é essencial para prevenir complicações.

5 Sugestões de cuidados com a pele do idoso

1. Optar por um produto suave e nutritivo na limpeza diária da pele

Lavar a pele com água e sabão continua a ser o método padrão de limpeza. Contudo, este hábito pode causar um aumento no pH da pele, o que pode alterar a flora bacteriana normal, fazendo aumentar a probabilidade de colonização por organismos mais patogénicos.

A limpeza da pele deve, portanto, ser realizada com produtos adaptados e adequados. No banho deve optar-se por produtos com agentes gordos, não alcalinos, de forma a fornecer hidratação à pele seca.

2. Tomar banho com água tépida

A água quente retira os óleos naturais da pele, o que irá aumentar a secura. Pelo que o idoso deve tomar banho com água morna, de forma a evitar essa secura.

3. Secar a pele com uma toalha de algodão macia, sem esfregar

As toalhas ásperas contribuem para debilitar ainda mais a barreira cutânea que já se encontra frágil. Ter este cuidado após o banho, fará toda a diferença para manter a pele do idoso íntegra e saudável.

4. Aplicar hidratante diariamente

Os emolientes aumentam a quantidade de água retida na pele, seja por oclusão (retendo a água e evitando a evaporação), ou puxando ativamente água. Estes desempenham um papel crucial, embora muitas vezes subestimado, na saúde da pele e são a base do tratamento e dos cuidados a ter com a pele do idoso.

5. Aplicar diariamente protetor solar nas áreas expostas

A exposição aos raios solares é uma reconhecida causa do envelhecimento da pele. Assim, a aplicação diária de protetor solar com elevado índice de proteção (UVA e UVB) é uma medida preventiva bastante eficaz.

Os medicamentos como causa da secura na pele dos idosos De forma a adotar os melhores cuidados com a pele do idoso, é essencial perceber se as causas de possíveis queixas como a descamação, fissuras ou secura da pele, são intrínsecas (genéticas e/ou cronológicas) ou extrínsecas (como o fotoenvelhecimento, hábitos nutricionais, tabagismo, entre outros).

A xerose cutânea (termo médico para indicar pele seca) pode ocorrer como consequência de efeitos adversos de medicamentos.

Devido à alta prevalência de comorbilidades, como a diabetes, hipertensão, dislipidemia e outras, os pacientes idosos são habitualmente polimedicados, sendo que numerosos medicamentos têm sido implicados como causa de desconforto cutâneo. Entre eles, medicamentos para a hipertensão, colesterol elevado, medicamentos utilizados em quimioterapia, entre outros.

Portanto, torna-se também vantajosa a avaliação profissional do arsenal terapêutico do utente, de modo a identificar e aconselhar perante a presença de um possível agente causador dos sintomas.

 

0 replies

Leave a Reply

Want to join the discussion?
Feel free to contribute!

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *